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Feminicídios aumentam em Criciúma no 1º semestre de 2025

O município terminou o ano de 2024 com uma média de cinco denúncias por dia

Por Maryele Cardoso 10/06/2025 - 19:45 Atualizado em 10/06/2025 - 20:00

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O número de feminicídios em Criciúma registrados nos primeiros seis meses de 2025, já ultraa os números no mesmo período do ano ado.  Segundo dados reados pela psicóloga da Polícia Civil, Samira Macarini, de janeiro a junho deste ano, três casos de feminicídio foram contabilizados na cidade, superando os dois casos registrados no mesmo período de 2024. Já ao longo de todo o ano ado, Criciúma teve três casos de feminicídio, o que acende um alerta para o aumento da letalidade da violência de gênero no município.

Os registros mostram uma queda nos números de denúncias de agressão, apesar do aumento de assassinato de mulheres no município. Entre janeiro e junho desde ano, foram registradas 777 ocorrências, com 725 vítimas identificadas. Já no mesmo período de 2024, os registros chegaram a 983 denúncias, envolvendo 913 vítimas.

O cenário é ainda mais alarmante em relação os dados da segurança pública referentes em todo o ano de 2024. O município terminou o ano ado com uma média de cinco denúncias por dia  e os registros apontam para um total de 2.018 denúncias de agressão contra mulheres em Criciúma, com 1.744 vítimas identificadas.

De acordo com o delegado Fernando Possamai, a solicitação de medidas protetivas é uma forma eficaz de prevenir agressões e até mesmo casos de feminicídio. Segundo ele, o procedimento tem como objetivo garantir a segurança da mulher e também funcionar como um freio para o agressor.“Quando a mulher solicita uma medida protetiva, ela aciona um alerta legal que impõe restrições ao agressor. Isso o faz pensar duas vezes antes de se aproximar, de ir até a casa dela ou tentar qualquer tipo de contato, o que pode impedir que o delito aconteça”, afirma Possamai. O delegado ainda afirma que muitos crimes são evitados justamente pelo risco de prisão imediata.“Se o agressor descumpre a medida e tenta se aproximar da vítima, ele pode ser preso em flagrante. A pena pode chegar a até três anos de prisão, sem direito a fiança. Isso, muitas vezes, é o que impede que ele avance e cometa o crime”, completa.

Já Samira destaca que a medida protetiva não se restringe apenas a casos de agressão física, podendo ser solicitada ainda em fases iniciais da violência. Ela explica que a Lei Maria da Penha reconhece cinco tipos de violência contra a mulher, como moral, psicológica, patrimonial, física e sexual. “Caso a mulher, mesmo após solicitar a medida protetiva, ainda se sinta ameaçada, é fundamental que ela busque outras formas de proteção, como se refugiar na casa de familiares ou em abrigos especializados, onde possa garantir maior segurança”, orienta.

Além disso, existe iniciativas voltadas à proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade social e vítimas de violência doméstica, como o programa “PC por Elas”, da Polícia Civil de Santa Catarina. A ação acontece em todas as regiões do estado, atuando por meio das Delegacias de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), tem o objetivo de proporcionar acolhimento humanizado e acompanhamento contínuo às vítimas.

Dados de Santa Catarina

De acordo com o relatório elaborado pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina , no Estado o ano de 2024 encerrou com 76.308 casos de violência contra a mulher registrados pelas autoridades de segurança pública. Os dados revelam um cenário preocupante, com destaque para o crime de ameaça, que sozinho representou cerca de 47% dos registros, somando 36.137 ocorrências.

Na sequência, os crimes mais comuns contra mulheres foram:

  • Lesão corporal leve, com 16.898 casos, equivalentes a 22% do total;
  • Injúria, com 11.282 casos (14%);
  • Vias de fato, que somaram 5.206 registros (6,82%);
  • Difamação, com 3.237 ocorrências (4,24%);
  • Calúnia, com 1.584 casos (2,08%).

Embora com percentuais menores, crimes de maior gravidade também chamam atenção. Foram registrados:

  • 975 casos de estupro de vulnerável (1,28%);
  • 568 estupros (0,74%);
  • 287 ocorrências de lesão corporal grave ou gravíssima (0,38%);
  • 83 registros de injúria real (0,11%).

Já os registros de feminicídios, chegaram ao número de 51 mulheres, o que representa 0,07% dos crimes cometidos.

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